No âmbito da semana da Francofonia e da componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento, os estudantes do 10º ano foram ao Cineteatro de Estarreja, no dia 10 de março, para assistirem à projeção do filme francês “Fahim”. A visualização do filme teve como objetivos: a compreensão da arte cinematográfica como veículo de cultura e aproximação intercultural; fortalecer a aprendizagem de uma atitude de tolerância, informada e crítica, de uma cultura cidadã, assente a valorização das relações interpessoais, sociais e interculturais positivas num “Mundo para Todos”.
Este filme foi dirigido por Pierre-François Martin-Laval e conta a história (baseada em factos reais) dum jovem chamado Fahim, natural do Bangladesh, que é forçado a fugir do seu país com o seu pai (opositor do regime e defensor dos Direitos Humanos). Foram para Paris, e ambos entraram numa luta por obter asilo político em França. Fahim é um gênio em xadrez e, com isso, conhece Sylvain, que o leva para um campeonato de xadrez. É esse campeonato que vai determinar se estes refugiados vão conseguir continuar em França ou não.
Este filme apresenta duas perspetivas.
Por um lado retrata, infelizmente, uma realidade atual que é a dificuldade de acolhimento, integração social, dificuldade em obter asilo/residência em países estrangeiros e a indiferença das autoridades face a estas situações.
Por outro lado, mostra a importância da solidariedade e empatia que as várias personagens tiveram para com Fahim e a qual devemos ter para com os outros.
Neste filme assistimos a um cenário de multiculturalismo sem coesão social. Devemos refletir sobre o papel e a importância do multiculturalismo e a forma como o encaramos.
Com esta atividade, nós tivemos a oportunidade de refletir e sensibilizar nos face ao multiculturalismo e à importância de uma sociedade inclusiva e tolerante.
Em suma, a vida de Fahim é uma viagem que nos inspira. A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos. Como disse Martin Luther King : "A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça por toda a parte".
Rita Marques e Verónica Bello, alunas do 10.ºP