“À conversa com…” Eduardo Breda ator e cineasta | Projeto Rotas & Intervenções Culturais

Cinema, teatro e fotografia, foram, algumas das áreas abordadas em, “À conversa com…Eduardo Breda” (atividade inserida no Projeto Rotas & Intervenções Culturais), ator e cineasta, jovem talento no mundo das Artes, cuja ação decorreu no Auditório da Escola Secundária de Estarreja, dia 23 de março.

O Diretor do AEE, Dr. Jorge Ventura, alicerçou no discurso de abertura o seu pensamento no proceder, aprender a pensar, sentir, criar e viver, experienciar uma realidade que nos enriquece e nos modela, afirmando, “a ARTE é uma forma sublime de garantir a aproximação do concreto ao abstrato (…), que amplia a sua função social focada na produção criativa, acrescentando novos significados ao mundo. Que consigamos, a partir de hoje, perante as várias expressões artísticas, que vão ser trabalhadas por Eduardo Breda, sentir de uma forma mais adequada o deslumbramento, através da construção de vínculos artístico-culturais, facilitadores de conexões com as nossas emoções. A linguagem da Arte é uma linguagem afetiva, única e universal, necessária como elemento estrutural da comunicação no convívio em sociedade”.

Estava dado o mote, num exercício de diálogo com o olhar estético-criativo e pensamento reflexivo, suportado numa seleção de temas sobre as preocupações e preferências artísticas dos jovens alunos presentes (turmas: 7.ºD, 9.ºE, 9.ºG, 10.ºN e 10.ºP com 4 alunas), foi crucial para o Eduardo Breda percecionar quais eram os valores culturais que estavam presentes nas vivências destes alunos, para melhor compreender os seus espaços e símbolos artístico-culturais. Feito o posicionamento, perante uma plateia descontraída, Eduardo Breda desconstruiu representações, agregou novos saberes e valores artísticos, que possam vir a apoiar os nossos alunos, bem jovens, a modelar as atitudes, as crenças e os comportamentos: a ARTE nos seus múltiplos aspetos tem um poder transformador, o mundo pode tornar-se mais inteligível, acessível, sensível e solidário.

O final da sessão foi marcado pelas palavras fortes do Sr. Diretor, evocando uma nova realidade, “a Arte também é isso, convívio e esperança num novo espaço, hoje, com mais duas colegas presentes, refugiadas ucranianas. A arte tem essa capacidade, pois é pela Arte,  possível pintar o oceano e o céu  com outros tons que não o azul (…), experimentar a arte é possibilitar viver a emoção,  sentir que podemos ser capazes de dizer a estas duas alunas  o quão difícil é estar num espaço numa língua que não dominamos (…), e que possamos perceber o trabalho e esforço que temos que ter para acolher bem neste país que é Portugal, e nesta Escola que é Estarreja, permitindo experimentar este sentir maior com o compromisso com o outro. Em Estarreja vamos ser capazes de materializar e fazer a diferença” (…). 

Seguiu-se um momento em que as emoções e os sentimentos estiveram à flor da pele, com um ex-aluno do nosso agrupamento, Sergey, a servir de intérprete, proferindo uma mensagem em ucraniano às duas alunas e à mãe que as acompanhava. Todos os presentes puderam compreender e sentir a complexidade do momento em que vivemos, carregada de desafios culturais de quem vive, uma situação concreta de fuga.

“A Escola é importante não só pelo o que se aprende, mas também pelo o que se vive.”

 Dr. Jorge Ventura  

 

Prof.ª Rosário Santos – Coordenadora do Projeto RIC

 

 

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