Economia Circular

No dia 28 de novembro, no Centro de Negócios do Eco Parque Empresarial de Estarreja, duas turmas do 12.º Ano da Escola Secundária de Estarreja, Técnico de Gestão e Técnico de Produção em Metalomecânica, participaram numa Sessão Informativa sobre uma nova forma de se pensar a utilização dos recursos naturais, “Economia Circular”, nas áreas da Química e da Metalomecânica, cujo evento foi uma iniciativa da SEMA, Associação Empresarial Sever do Vouga, Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha.

Com base numa profunda experiência profissional, alicerçada por formação académica em diversas áreas do Ambiente e Recursos Naturais, o Prof. Dr. Carlos Borrego, primeiro orador e numa abordagem cativante, reforça a importância da transição de uma economia linear para uma economia circular, ao ser prossecutor de abordagens inovadoras, que se traduzem na necessidade de serem desenvolvidas novas eficiências e reciclabilidade dos resíduos. A economia mundial tem sido construída, desde os primórdios da industrialização, com base num modelo linear de consumo de recursos que segue um padrão “extrair-produzir- consumir- deitar fora”, que se encontra nos dias de hoje sob ameaça devido à forma e velocidade insustentável como são usados os recursos naturais, cada vez mais escassos.

Senão, vejamos os dados divulgados:                                  

- “Na UE, cada pessoa consome atualmente 16 toneladas de materiais por ano, das quais 6 toneladas são desperdiçadas, acabando metade nos aterros. - Em 2014, só em Portugal cada habitante produziu 425 kg de lixo (mais 2,5% do que em 2013). - Na Europa, 31% dos alimentos são desperdiçados ao longo da cadeia de valor. - Um carro europeu está estacionado em média 92%.  - Um escritório é usado apenas 35% a 50% do tempo, mesmo durante o horário de trabalho. - Nas indústrias do aço, plástico e papel perdem-se entre 30 a 75% do valor dos materiais no 1.º ciclo produtivo. - A União Europeia importa 6 vezes mais materiais e recursos naturais do que exporta. Em média, a Europa usa os materiais apenas uma vez.  Se continuarmos a utilizar os recursos ao ritmo atual, em 2050 teremos necessidade, em termos agregados, do equivalente a mais de dois planetas para nos mantermos.”

Uma realidade preocupante que não deixou ninguém indiferente!

Segundo o mesmo orador, não basta reciclar! A economia circular vai muito além da reciclagem, algo muito mais ambicioso como PREVENIR, REUTILIZAR, RESTAURAR, REGENERAR, promovendo a mobilização geral rumo a um novo estilo de vida, que respeite os limites impostos pelo planeta Terra.  Os resíduos deixam de ser um fim em si mesmos e tornam-se reutilizáveis. Em 2020 os resíduos terão que ser geridos como um recurso. O final de vida de um produto poderá ditar o início de outro. São estes os princípios que norteiam a economia circular.

Como avaliação da atividade, destaca-se o facto de ter sido do agrado de todos os alunos e professores participantes, pela atualidade e importância da informação/formação de uma consciência esclarecida, atenta e orientada para a prossecução dos objetivos do desenvolvimento sustentável e da ECONOMIA CIRCULAR.


O painel de convidados contou com a presença dos seguintes oradores: Diamantino Sabina – Presidente da Câmara Municipal de Estarreja; José Valente - Presidente da SEMA | Associação Empresarial; José Couto - Presidente do CEC | Câmara de Comércio e Indústria do Centro; – Osória Miranda do IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P.

Prof. Doutor Carlos Borrego – Diretor do Departamento de Ambiente e Ordenamento (DAO) da Universidade de Aveiro e do Instituto de Ambiente e Desenvolvimento (IDAD); José Ribeiro, APEQ - Associação Portuguesa de Empresas Químicas; Margarida Queiroz, CUF – Químicos Industriais, S.A.; Leonel Ferro - Fernando Ferro &Irmão, Lda.; João Nunes, Presidente da Associação BLC3 - Campus de Tecnologia e Inovação.

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