Quando a arte nos entra pela porta da Escola, abrem-se portas à imaginação. Assim foi no dia 27 de outubro, no anfiteatro da ESE. As turmas do curso de Artes Visuais do 10.º, 11.º e 12.º anos foram convidadas a assistir à apresentação do espetáculo KINSKI – ROI DE RATS, de Rui Paixão, que iria decorrer no sábado seguinte, no Cineteatro de Estarreja.
O ator começou por se apresentar, desvendando, pouco a pouco, o seu percurso artístico, já tão carregado para um jovem de 27 anos, que impressionou a sala repleta de alunos interessados em o ouvir contar as histórias à volta da sua vida como estudante, como performer livre, como palhaço, como protagonista do Cirque du Soleil, … enfim, como criador de arte. Dos vários vídeos visionados, que revelavam o processo criativo do ator, destaque para a autenticidade do seu discurso e, fundamentalmente, da sua arte que reflete aquilo que lhe vai na alma. Os alunos ficaram, também, impressionados pela diversidade de materiais utilizados e pela profundidade temática, que originaram a mais recente personagem criada – Kinski – que será a protagonista do referido espetáculo de sábado, para o qual todos os alunos presentes foram convidados a assistir gratuitamente.
A conversa que se seguiu à apresentação enriqueceu ainda mais esta atividade, pois os alunos colocaram questões pertinentes, que possibilitaram a troca de ideias sobre a arte performativa, sobre a vivência dos artistas, sobre as escolhas com que os jovens, hoje em dia, se deparam e sobre a forma como a sociedade encara a arte no geral e os artistas em particular.
Na opinião de alguns alunos, esta atividade foi muito inspiradora: “Achei inspirador a forma como o artista falava da sua criação artística, às vezes torna-se difícil fazê-lo.” (Rita M.). Para outros, este momento foi motivador “Senti-me convidada a seguir os meus sonhos” (Verónica Bello); ou muito interessante, sobretudo “o modo como Rui Paixão fala apaixonadamente sobre «a cultura do encontro no teatro»” (Mafalda Fonte).
Texto redigido pelo 11.º P
VALEU!
A apresentação começa, todos levam um susto e logo riem, e então Rui Paixão se apresenta de forma alegre e contagiante e em seguida cria um ambiente confortável e acolhedor onde todos ficam a vontade. Rui Paixão conta um pouco de sua trajetória de vida, diz as dificuldades que superou, e compartilhou connosco suas criações e conquistas, sempre com uma gentileza e humildade na fala.
Ao ouvir a apresentação de Rui Paixão, senti uma chama brilhando em meu coração, uma felicidade incrível me atingiu, me senti tão inspirada como nunca havia sentido na vida, consegui notar sua força de vontade e, em consequência, aumentou a minha. Senti que posso, sim, realizar meus objetivos, eu só preciso não desistir e confiar nas minhas capacidades.
No final, depois de toda a apresentação e interação com o público, eu lhe pedi uma foto, para que pudesse guardar para sempre o momento em que ele me inspirou, e logo, dois dias depois, fui ao Cineteatro de Estarreja e vi sua mais nova obra, Kinski "Roi de Rats", onde ele demonstra uma atuação exemplar e conta-nos uma história de um ator obeso desempregado, que tenta vender dentes de vampiros para ganhar a vida, mas ao não conseguir, desiste de tudo e acaba por se converter em um rato. A obra tem um toque aterrorizante e ao mesmo tempo nos faz rir, com uma incrível atuação. Rui Paixão nos mostra outro mundo, outra realidade e, depois de assistir essa obra espetacular, novamente lhe peço para que tirasse uma foto comigo, e sua reação foi "- Claro! espera.... de novo?" e eu toda feliz disse "- Aquela não valeu!"
Luana Pereira (Lucy) – o texto está redigido em português variante brasileira, dado que a aluna é oriunda do Brasil.