O desafio “Muros com vida”, no âmbito do programa Eco Escolas, foi abraçado pela turma do 10ºano, Curso de Artes, sob a coordenação da sua professora Inês Lousinha, em parceria com o município de Estarreja. A autarquia colaborou através da limpeza do muro, aplicação do primário, fornecimento de material e acompanhamento na concretização do projeto.
Formaram-se grupos de trabalho e cada um desenvolveu um projeto, tendo por base a informação disponibilizada na plataforma da ABAE. Foram realizados vários desenhos e respetivas pinturas, resultando protótipos a desenhar muito ricos e diversificados.
A escolha do protótipo para o desafio foi uma tarefa bastante difícil, face a qualidade de TODOS os trabalhos apresentados, e passou por diferentes fases. Ao longo do processo foram ouvidas várias opiniões, sendo escolhido o desenho realizado pelos alunos Maria Leonor, Francisco, David e Mafalda. O projeto foi concretizado numa parede com 3,96m por 3,55m, na Escola Secundária de Estarreja, envolvendo toda a turma, bem como alguns alunos do 7.º ano que, voluntariamente e com grande entusiasmo, colaboraram na pintura do mural, sob a orientação da sua professora Inês Lousinha.
Na pintura realizada estão representadas várias plantas de diversas cores e formatos, sendo plantas neoplatónicas. A ilusão de uma floresta "perfeita" é criada pela paleta de cores escolhida e pelo retrato de um ecossistema terrestre, representando um lugar místico, com o objetivo de captar a atenção das pessoas para o mural. Contrastando na paisagem, temos o rinoceronte branco, no centro, ilustrado com um dos seus chifres cortado e com o seu corpo em dispersão, sensibilizando e alertando para as consequências da caça excessiva, fazendo do mesmo uma espécie em vias de extinção.
O rinoceronte simboliza reflexão e poder. O objetivo deste trabalho é levar a população a refletir sobre as consequências da destruição dos ecossistemas e dos seres vivos que neles habitam. A escolha do rinoceronte branco prende-se com o facto de que qualquer ação local tem repercussões mundiais, agravadas pela crescente globalização.
Este animal é património biológico mundial e cabe a cada um de nós, local e globalmente, desenvolver ações de mitigação desta problemática e começarmos a agir em defesa da regeneração e da preservação das espécies.
Aqui divulgamos o trabalho submetido na plataforma da ABAE, bem como alguns momentos relativos ao desenvolvimento e concretização de todo o projeto.
Fátima Silva
(Coordenadora do Programa Eco Escolas na ESE)