... mas uma leitura em voz alta, expressiva, de palavras redondas e sonoras, ditas a plenos pulmões, pode ser mais enfatizada em fevereiro, para celebrar o Dia Mundial da Leitura em Voz Alta.
Os alunos do curso PLA (Português Língua de Acolhimento) escolheram e leram um poeta da sua nacionalidade ou na sua língua materna (espanhol e ucraniano), dando voz a poemas marcantes, num dizer poético emocionado e envolvente. A maioria aceitou ainda o desafio de traduzir o poema para português e também de o ler. Longe da sala de aulas da Secundária, nestes tempos de confinamento, decidiram qual o enquadramento mais adequado para a gravação em vídeo das suas leituras (em casa, à janela, no jardim, no parque, com ou sem efeitos gráficos).
Superando fronteiras, assim recuperados de livros guardados mas nunca esquecidos, foram lidos poemas de Andrés Eloy Blanco (“Soneto a Rómulo Gallegos”, “Los hijos infinitos”, “Cuántas estrellas tiene el cielo”, “Miedo”, “Algunas palabras”), Eugenio Montejo (“Mi amor”), Lina Kostenko (“Asas” / “крила”), Manuel Felipe Rugeles (“Por mi corazón adentro”), Gabriel Garcia Marquez (“Viajar es”), Aquiles Nazoa (“Conversación con un cochino”) e Miguel Otero Silva (“Tu voz”).
Em muitos casos, a esta leitura nas suas línguas maternas, os alunos adicionaram e leram também a respetiva tradução em português.
Foi um desafio ganho! Estão de parabéns.
Teresa Bagão | professora do curso de PLA