Afirmava o escritor Vergílio Ferreira que “Uma língua é um lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir.” A grande literatura e os grandes escritores permitem que acedamos ao conhecimento e ao uso mais elevado de uma língua, e é com eles que esses limites do pensar e do sentir se expandem.
Para reencontrar os escritores venezuelanos de que muitos dos nossos alunos e as suas famílias tiveram de se afastar, ao virem para Portugal, para os reler na sua língua original, teve lugar uma conversa sobre o tema, muito animada com a leitura em voz alta de excertos de escritores de referência na literatura venezuelana. Orientados por Rossana Viloria, que aceitou o convite para dinamizar este encontro, recordámos, no ambiente acolhedor da biblioteca da Escola Secundária de Estarreja, os escritores Andrés Eloy Blanco, Romulo Gallegos, Teresa de la Parra, Miguel Otero Silva e Arturo Uslar Pietri, e muitos outros foram mencionados. Estiveram presentes alunos e ex-alunos, pais e avós, bem como a turma do curso de PLA, todos movidos pelo apreço pela cultura.
O encontro encerrou com um saboroso e elegantíssimo lanche, preparado pelos alunos do curso profissional de Cozinha e Pastelaria, orientados pela sua diretora de curso. O nosso reconhecimento estende-se às assistentes operacionais, que tornaram possível a abertura da nossa biblioteca em horário pós-laboral.
Pensamos que foi um ótimo começo para um reencontro com a literatura Venezuela, que deve voltar a acontecer.
Texto e fotos | professora Teresa Bagão